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22 de janeiro de 2011

"No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." (cf. Jo, 33)

Em meio à tragédia que atingiu a Região Serrana, Deus fala através dos acontecimentos. Não são poucos os sinais que confundem os homens e deixam todos sem palavras.

Em Teresópolis, no bairro da Posse, cerca de 20 casas foram arrastadas pela enxurrada. No rastro de destruição, um prédio permanece inexplicávelmente de pé: a Capela de São Sebastião.

Em Nova Friburgo, a igreja dedicada a Santo Antônio, uma construção do século XIX, na Praça do Suspiro, também se mantém de pé e teve a fachada preservada. O fundo do prédio foi atingido pelo deslizamento. Além disso, foi invadida por dois carros levados pela enxurrada e teve quase todas as suas paredes e o teto destruídos. Porém, o altar não foi atingido. O sacrário manteve-se intacto e as espécies consagradas foram resgatadas em perfeito estado por membros da associação de fiéis Arautos do Evangelho. Também nessa igreja, a imagem do padroeiro que estava no altar não foi atingida.

- Pulamos o muro, escalamos o entulho e chegamos até o altar. A porta do sacrário estava suja de lama, mas intacta. O altar-mor onde estava a imagem de Santo Antônio também estava intacto. Foi uma consolação imensa estar diante de Jesus Cristo, encontrar duas âmbulas com as hóstias consagradas em perfeito estado. Com lama até a cintura, levamos o Santíssimo Sacramento e a imagem do padroeiro em procissão até a Catedral de Nova Friburgo, contou Paulo Eduardo Roque Cardoso, membro do Arautos do Evangelho.

E ainda na Praça do Suspiro, mais um sinal de Deus: foi encontrada, intacta, em meio à lama, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que ficava em um altar numa das paredes que foi totalmente destruída.

Os sinais nos falam de fé, nos transmitem a esperança, nos revelam a magnitude e grandeza de Deus. O Bispo de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso, resume o sentimento de todos os que olham com fé para os acontecimentos:

- Nós poderíamos ver desmoronar tudo ao nosso redor, mas não podemos desmoronar a nossa fé. É a fé que nos põe de pé novamente, é a fé que nos faz caminhar, apesar das desventuras. É a certeza da presença de Deus, da presença de Jesus Cristo, o verbo que se encarnou. É ele que nos vai conduzindo para que possamos responder a mais esse desafio, pois uma catástrofe como essa não é fácil de viver, de administrar humanamente.

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